Há esperança!

Hoje é domingo e já está quase na hora de dormir, aliás, eu já deveria estar dormindo, levando-se em conta que acordo cedo para trabalhar e estudar, respectivamente.
Estava conversando com um amigo sobre como o mundo está, especificamente, nosso país. A nação onde há tanta beleza e alegria, tanta pobreza e tristeza também. Onde há gente bonita e séria, vazia e de bom astral.
Confesso que nossa conversa me deixou indignada, assim como a maioria dos brasileiros estão. Peço desculpas caso contagie vocês, mas espero que todos, assim como eu, pensem nos dias em que estamos vivendo e tomem atitudes úteis e sábias para um país e um futuro melhor.
Esses dias vi uma matéria sobre o que vem acontecendo na zona sul do Rio (RJ), sobre os assaltos praticados por menores, que recentemente levou à morte de um médico e junto dessa matéria, vi uma entrevista feita com um senhor aparentemente de classe econômica alta e me perguntei qual o motivo de tamanha insegurança, medo e raiva no tom de voz do mesmo. Enquanto alguns moradores estão preocupados em não fazer atividade física (que é importante, claro) deixando suas bicicletas de lado, existem tantos outros que não sabem ao menos o que vão comer amanhã, se é que terão algo para isso.
Estou generalizando? Talvez. O policiamento deve ser reforçado não só na zona sul, mas também na zona norte, que acontecem mil e um assaltos, mortes e brigas a cada minuto. Estava quase me esquecendo de comentar sobre um grupo de menores, ou melhor, vários deles que rondam o Centro da cidade, colocando trabalhadores em risco. Sem contar as empresas públicas, que deveriam ser preocupação do governo, mas estão sendo roubadas, tanto por criminosos, quanto por quem está lá dentro trabalhando, ou seja, criminosos também.
Não vou colocar a culpa apenas no governo. Eu disse apenas, ou seja, também tem culpa. Concordam comigo que quase todos ou eu posso me atrever e dizer que sim, são todos?! Os problemas seriam “resolvidos” se nossos jovens tivessem uma educação e instrução em casa?
Sei que muitos não tem condições de colocar seus filhos em bons colégios, dar do melhor e toda essa coisa que os pais querem, mas talvez seja por querer dar o melhor, que muitos crescem tendo tudo, sendo mimados e quando não recebem o que esperam, se rebelam.
Acho que mais desabafei do que expus meu pensamento no parágrafo acima, mas pensemos juntos agora. Se seu filho quando tem seus dois ou três anos te responde ou fala um palavrão e você filma ou ri pra ele, o mesmo vai achar que pode fazer quando quiser e é aí que os pais começam a perder sua moral. Um exemplo bem claro para quem tenha dúvidas do que estou tentando dizer: Uma criança chega um casa com uma borracha de um coleguinha da escola e você vê, em vez de deixar passar, tem de perguntar de quem é e o porque está com ele e mandar ele devolver. Pode parecer pensamento radical? Pode, mas não é. Se ele perceber que os pais não falaram nada, continuará fazendo mesmo sem maldade e quando grande, fará pensando em ganhar as custas dos outros, que na maioria das vezes, trabalham para ter.
Acredito que sim, educação vem de casa. Já trabalhei com crianças e já ouvi o que todos os professores na vida escutaram: “Você não é minha mãe, você não manda em mim”. E penso se realmente a mãe manda, porque a partir do momento que uma criança xinga, morde, grita e bate na mãe, me desculpe, mas não manda e não tem um pingo de moral com seu filho.
Acho que estou pegando pesado nesse assunto, então falemos da inteligência do povo brasileiro, que reclama tanto das coisas, mas não faz um movimento sequer para que haja mudança. Diz que não pode jogar lixo no chão, mas quando abre uma bala, joga o papel pela janela do carro. Diz pra pensar nos outros, anda com blusa de “Gentileza gera gentileza”, põe legenda de foto “Mais amor por favor”, mas se alguém pisar em seu pé no metrô, quer agredir.
Estamos no fim dos tempos, vivendo em um mundo hipócrita, mas tenho esperança de que darei um futuro bom á meus filhos e que pensaremos e agiremos para um Brasil melhor.

Carolina Ribeiro



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