Dança na Chuva

Hoje é sábado amor, para onde vamos? Não precisa de luxo, você me basta. Te liguei e me disseste que as 20 h estaria aqui. São 17 h. Preciso decidir minha roupa. Não sei aonde iremos, devo me vestir como? Ai, você sempre me deixando nervosa!
19h40min, telefone tocando. Não estou pronta ainda, mas pode vir.
Ele chegou as oito em ponto. Está elegante, bonito como sempre e isso me deixa com um frio na barriga a cada encontro que temos. Fico feliz e mais apaixonada ainda depois de quatro anos de namoro, parece clichê, mas é a mais pura verdade.
Coloquei um vestido florido, o que mais gosto. Com uma sapatilha neutra e cachos no cabelo, afinal, uso ele natural sempre, quis mudar.
Veio na porta me buscar e te recebi com um beijo. Com gostinho de quero mais. Seu abraço aconchegante e protetor, como amo.
Ainda não sei aonde iremos, tu estas muito misterioso. Meu coração está acelerado, parece que vai escapulir pela boca e sair pela janela.
No caminho escutamos música, cantamos e conversamos como sempre. Estou sentindo meu estômago revirar e não é fome, não dessa vez.
Chegamos em um lugar lindo, com flores e pedras. A estação colaborando com nosso momento. Meio primavera, meio outono. Folhas na grama e flores na árvore.
Ficamos ali. Conversamos. Você me deu um beijo e ficamos abraçados olhando o céu. Amamos o céu, amamos admirá-lo. Foi lindo. Queria ficar ali pra sempre, com você.
Senti um pingo. Acho que vai chover, o que vamos fazer? Nada. Vamos continuar, a chuva é só um complemento.
Você me deu uma rosa. Não sei de onde a tirou, estamos aqui um bom tempo e não tinha visto. Em seguida, me deu um envelope. Te olhei, você sorriu e eu abri.
Era uma carta, um pedido. Chorei e sorri.
Tinha uma caixinha em seu bolso. Como não percebi? era uma aliança. Linda. De prata com detalhes dourados. Amei.
Você se ajoelhou, fiquei sem reação. Segurou minha mão, sorri. Me pediu em casamento, aceitei.
Você levantou e me abraçou. Chorei de novo, involuntariamente, juro. Você riu de mim. Como se não bastasse, lembrou de algo que lhe contei no começo de nosso namoro. Sempre quis dançar na chuva e olha onde estamos. Momento propício e eu não tinha lembrado, mas você sim. Me pegou pela mão e começamos a dançar. Não tinha música. Aliás, tinha sim. A música era a batida de nossos corações. A música nós que fazíamos, nós sentíamos. Dançamos, sorrimos, choramos e nos beijamos.
Vou lembrar sempre daqui, de nós, da chuva. 
 Obrigada, te amo!
Carolina Ribeiro

4 comentários:

  1. Brunah Ferreira08/12/2014, 21:55

    Nossa que lindo Carol! Não sabia que você escrevia. Amei!

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    1. Obrigada, bru! Escrevo, mas não compartilhava até então. Que bom que gostou!

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  2. que delícia de texto! muito bom, muito lindo!
    é verídico? se sim, parabéns!!

    beijos!
    www.blogmodelando.com

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