Nosso dia quinze

Lembro-me daquele 15 de março em que resolvemos sair por aí mesmo sem um mísero real no bolso. Aliás, tínhamos cerca de dez reais cada um, o que bancou nosso açaí na tenda da dona Cecília que nos concedeu toda sua simpatia enquanto servia-nos. Dona Cecília é uma senhora simpática - talvez a mais educada da Av. Nossa Senhora de Copacabana.
Não estava quente nem frio. A temperatura estava agradável e estável. O vento, sereno. O som das ondas, apaixonante. Você, deslumbrante.
O dia foi tão bom. Tão nosso. Nada importava mais do que estar contigo.
Andamos do Leme ao Pontal, felizes. Encantados, admirando cada detalhe. Entre beijos e abraços, risadas e olhares, sonhos e conquistas, ali estávamos.
Sorte de dona Cecília ser testemunha da gente neste dia quinze. Sorte a minha ter você. Sorte a nossa, estar aqui.
Sentamos na areia enquanto um grupo jogava vôlei por perto e outro, andava de long na orla. Pássaros voavam pra lá e pra cá. Crianças corriam de cá pra lá. Tudo parecia tão belo. Tudo estava tão belo.
Nosso dia quinze. Lembro-me de cada detalhe. Lembro-me de suas palavras. Lembro-me de sua essência. Aliás, como esquecê-la?

Carolina Ribeiro

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